sexta-feira, 20 de abril de 2012

Obra de Unidade de Pronto Atendimento na zona norte da Capital atrasa 11 meses e custa R$ 800 mil a maisProjeto de UPA em Porto Alegre foi refeito depois da constatação de inadequações

A entrega de uma obra que ajudaria a desafogar a rede de saúde de Porto Alegre ficou mais distante e cara. 

Devido a uma série de imperfeições, o projeto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, no Terminal Triângulo, teve de ser refeito, adiando a entrega do prédio à comunidade em quase um ano e com custo extra de R$ 800 mil.

A unidade da Zona Norte receberá cerca de 500 pacientes por dia e seria a primeira a ficar pronta entre as quatro UPAs previstas para a cidade. Em maio do ano passado, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) anunciou o início das obras para aquele mesmo mês, programando o final dos trabalhos para dali a 120 dias.

Porém, na hora de avaliar o projeto, do governo do Estado, engenheiros municipais constataram problemas. Entre os defeitos, um sistema de climatização inadequado para um estabelecimento de saúde e a previsão de construção de uma garagem na qual mal caberia uma ambulância.

Foi preciso readequar a infraestrutura. A obra, que custaria R$ 3,4 milhões, ganhou um aditivo de R$ 800 mil. Agora, a entrega da UPA Zona Norte está marcada para agosto, quase um ano depois da primeira previsão.

— Entendemos que o projeto deveria ser melhorado. Não seria possível fazer a obra de outra forma — disse o secretário adjunto da Saúde da Capital, Jorge Osório.

O secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, informou que o projeto foi criado em 2009, durante a gestão de Osmar Terra, hoje deputado federal. Simoni explicou a decisão do aditivo:

— Não foi o meu governo que fez o projeto. Quando entrei aqui, as UPAs já estavam licitadas, baseadas nas UPAs do Rio de Janeiro. A prefeitura achou que deveria fazer modificações, e eu não discordei, até para evitar a abertura de um processo. Como o valor não passaria de 25% do total da construção, o Estado assumiu o custo.

Nos últimos dias, os operários se concentram na execução da rede elétrica da UPA, que segue cercada por tapumes. Um novo gerador, mais potente do que o previsto no projeto anterior – que não conseguiria energizar todo o prédio – deverá ser instalado. Planeja-se aumentar um pouco a garagem. Já a pintura verde das paredes externas salta aos olhos, de tão nova. O interior do edifício permanece vazio.André Mags / Agencia RBS

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