Angustiado, o auxiliar técnico Fabio Coutinho, 28 anos, pede ajuda, insiste para que alguém atente para o número de roubo de carros que começou a assustar no Bairro São Geraldo, Zona Norte da Capital. Quando questionado se ele é uma das vítimas, a resposta é realista: ainda não.
Em dez dias, Fabio ouviu relatos de nove carros roubados ou furtados nas imediações da Avenida Paraná e da Rua Buarque de Macedo. Dois deles são de colegas de trabalho.
O primeiro foi Alexandro Schardosim, 33 anos. Ele estacionou o Voyage, ano 91, placa LYH-9173, e foi trabalhar. Quando voltou, outro carro estava no lugar. Foi-se o meio de locomoção que, com esforço, ele conseguiu adquirir para melhor transportar a filha recém-nascida.
- A sensação que dá é que isso está virando normal e que não vão fazer nada - desespera-se Alexandro.
- "O problema é a arma na cabeça"
Isso porque, depois dele e de alguns vizinhos, um colega também virou vítima. Henrique Pinheiro Netto, 29 anos, chegava para trabalhar, às 7h30min, quando viu uma arma apontada para sua cabeça. Percorreu delegacias, espalhou contatos. Não tem seguro do Gol preto, 2010, placa IQM-5451.
- Depois que a gente é roubado é que começa a entender a violência, como agem os ladrões, como trabalha a polícia - observou Henrique.
Agora mais do que ter o carro levado, a preocupação gira em torno do medo de um assalto a mão armada.
- O problema não é nem tanto o carro, mas a arma na cabeça, levar um tiro de graça - sublinha Fabio.
Por parte da 4ª companhia, do 9º BPM, o sargento Diogo Duarte antecipa que a área receberá atenção especial e frisa o alerta:
- Um bem material pesa, mas a vida da pessoa é sempre mais importante.
De olho nas quadrilhas
A região de característica comercial, com muita circulação, somada às variadas rotas de fuga faz do São Geraldo um dos bairros preferidos de ladrões de carros. Diversas quadrilhas vêm sendo monitoradas por uma força-tarefa da Polícia Civil. Unidos, os delegados da 4ªDP, 9ªDP, 12ªDP e 14ªDP planejam agir.
- Nós temos cinco distritos com nível de furto e roubo de veículos bem acentuado. Não tem mais local e hora - lamenta o titular da 4ª DP, delegado Flavio Conrado.
FIQUE ATENTO!
- Em muitos casos, a abordagem acontece quando a vítima está distraída.
- Evite ficar falando ao telefone ou mexendo no rádio. Desça do carro.
- Caso perceba uma pessoa estranha na região, não pare. Dê uma volta na quadra.
- Se desconfiar de alguém ou de algum veículo, disque o 190 e dê as características da pessoa: alta, baixa, gorda, magra, branca, negra. Nem sempre a cor da roupa ajuda porque eles trocam.
- No caso do veículo suspeito, tente anotar a placa e repassar aos policiais.
- Evite ficar falando ao telefone ou mexendo no rádio. Desça do carro.
- Caso perceba uma pessoa estranha na região, não pare. Dê uma volta na quadra.
- Se desconfiar de alguém ou de algum veículo, disque o 190 e dê as características da pessoa: alta, baixa, gorda, magra, branca, negra. Nem sempre a cor da roupa ajuda porque eles trocam.
- No caso do veículo suspeito, tente anotar a placa e repassar aos policiais.
Se for você a vítima
- A orientação é clara: evite reagir.
- A vítima geralmente está em desvantagem porque ela é surpreendida.
- Não encare o assaltante, mas tente perceber (discretamente) algumas características físicas.
- Avise a Brigada Militar o mais rápido possível. Informe características do carro: cor, quantas portas, se tem adesivo. Tudo isso ajuda os policiais a tentar localizar o veículo o mais rápido possível.
- A orientação é clara: evite reagir.
- A vítima geralmente está em desvantagem porque ela é surpreendida.
- Não encare o assaltante, mas tente perceber (discretamente) algumas características físicas.
- Avise a Brigada Militar o mais rápido possível. Informe características do carro: cor, quantas portas, se tem adesivo. Tudo isso ajuda os policiais a tentar localizar o veículo o mais rápido possível.
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