quinta-feira, 25 de abril de 2013

Prefeitura e Brigada Militar divergem sobre ação após protesto


As marcas de "2,60" que desde a noite de terça-feira fazem parte da fachada do prédio da prefeitura da Capital viraram motivo de desentendimento entre quem atuava na segurança de mais um protesto pela redução da tarifa de ônibus. Após dezenas de pessoas pularem as cordas que deveriam dificultar o acesso à porta principal, nem Brigada Militar nem Guarda Municipal agiram para evitar novas pichações.
O prefeito em exercício, Sebastião Melo, e o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, major André Luiz Córdova, que comandou os policiais na terça, divergem quanto a quem caberia conter a ação (leia ao lado).
Tanto Melo quanto a assessoria da Guarda Municipal disseram que a orientação nesses casos é evitar o confronto com os manifestantes. No entanto, Córdova garante que a atuação da BM ocorreu dentro da lei e que há um protocolo firmado com a prefeitura, pelo qual a Guarda Municipal é responsável pela defesa de todos os prédios do município.
Enquanto a ação, ou a falta dela, é debatida entre as instituições, um outro caso resultante de protestos pela redução da tarifa de ônibus avança para conclusões. APolícia Civil deverá indiciar pelo menos cinco pessoas pelo ato de depredação do prédio da prefeitura em 27 de março, quando a fachada foi pichada e janelas foram quebradas por um grupo de manifestantes. O inquérito policial será encaminhado à Justiça.
Sebastião Melo, prefeito em exercício da Capital
"Não é função da Guarda enfrentar manifestantes"
Zero Hora — Como a prefeitura encara a manifestação de terça?
Sebastião Melo — Acho absolutamente legítimo que os jovens protestem contra o aumento das passagens, mesmo porque o valor é alto. Estamos trabalhando para baixar a tarifa, mas isso não se resolve da noite para o dia. Antes de agredir o prefeito e o governo, esses jovens estão agredindo a cidade.
ZH — Por que nem a Guarda Municipal nem a BM agiram?
Melo — Só podemos responder pela Guarda Municipal. Nossa orientação é que, em nome da paz, até pelo que ocorreu anteriormente, a guarda entre para o prédio, feche as portas e não faça nenhum enfrentamento. Imagina se no enfrentamento com a guarda um dos manifestantes termina ferido em frente ao Paço? Quem tem característica para lidar com esse tipo de situção é a BM. A Brigada tem preparo e pelotões para isso. É ela que tem que agir.
ZH — Qual a função da Guarda Municipal, então?
Melo — Uma das funções é proteger o patrimônio público, mas não é função da guarda enfrentar manifestantes. Essa é função da Brigada. Tem de se separar o joio do trigo.
ZH — Vocês esperavam que a Brigada agisse?
Melo — Não me manifesto sobre isso. A BM tem vida própria. Temos muito respeito pela Brigada.
Major André Luiz Córdova Comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar
"Não sabia que era para a Guarda correr"
Zero Hora — Por que a Brigada não interveio quando alguns manifestantes picharam a prefeitura?
Major André Luiz Córdova — Temos um hábito, um protocolo de ação com a prefeitura, em que por dever constitucional e legal, a Guarda Municipal faz a defesa de todos os órgãos do município. Quando se sentem coagidos, imediatamente nos pedem auxílio.
ZH — Ajuda no acompanhamento?
Major Córdova — Não, em força. Afinal, eles (a Guarda) já confrontaram várias vezes com o movimento, que é truculento e arbitrário. O grupo já tinha encerrado o evento e foi em direção ao Paço. Enquanto a pichação acontecia, recebi ligação da prefeitura pedindo apoio. Bom, mas não havia defesa. A pichação já estava concluída. Entrar com grupo armado para evitar algo que já tinha acontecido geraria conflito. Existe uma imagem muito clara que identifica os participantes, que será encaminhada à Polícia Civil.
ZH — Para a BM, a ação foi dentro do combinado com a prefeitura?
Major Córdova — Não. Não teve essa combinação de que o prefeito em exercício havia orientado. Não sabia que era para a Guarda Municipal correr para dentro do prédio.
ZH — Se a Brigada soubesse, teria tido outra postura?
Major Córdova — Com certeza. Pesquisa que você vai ver todos os outros confrontos.Prefeitura e Brigada Militar divergem sobre ação após protesto Félix Zucco/Agencia RBS

domingo, 14 de abril de 2013

Vilmar Homen uzão a palavra menor para esconder a verdadeira que e marginal vagabundo ue odeio quem se esconde atras da menoridade para cometer delitos esses marginais forão criados soltos e hoje fazem isso deveria aver uma pena para quem proteje esses menores infratores ............

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tiroteio deixa três pessoas mortas e uma gravemente ferida no Bairro Rubem Berta


Três homens foram mortos a tiros e um ficou ferido na madrugada desta quinta-feira, no Bairro Rubem Berta, Zona Norte da Capital. O crime ocorreu na Rua da Infância, no Parque dos Maias.
De acordo com a Brigada Militar, quatro criminosos em duas motos pararam em frente a um prédio e efetuaram os disparos. Um homem morreu no local, e outros dois em atendimento no Hospital Cristo Redentor. Uma pessoa permanece internada em estado grave.
Os quatro baleados teriam envolvimento com o tráfico. O prédio é conhecido como ponto de venda de drogas. A polícia aponta confronto entre grupos rivais como motivação. As motos não foram identificadas e ninguém foi preso.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

PMDB apresenta balanço do governo Tarso e deputado critica: "O pior dos últimos 30 anos"


A um ano e meio das eleições, deputados do PMDB expuseram nesta quarta-feira o mote que vai embalar o discurso da oposição na corrida ao Piratini: a falta de investimentos do governo Tarso Genro. Em almoço com a imprensa na Capital, os parlamentares despejaram críticas à gestão petista e apresentaram dados que questionam a aplicação dos recursos previstos no orçamento. Veio do presidente estadual do partido, Edson Brum, a frase mais forte do encontro:
— Tarso é o pior governador que o Rio Grande do Sul teve nos últimos 30 anos e é o que mais endividou o Estado.
Entre os principais questionamentos da análise da bancada peemedebista, batizada de "Governo Tarso - RS Menos, Menos para Todos", estão os investimentos em agricultura, segurança pública, educação e os gastos com pessoal.
— O Estado teve um aumento da receita de ICMS, mas, mesmo assim, reduziu investimentos em várias áreas. Enquanto isso, gasta 58,6% do orçamento com despesas de pessoal — apontou a líder da bancada, Maria Helena Sartori.
O deputado Gilberto Capoani ironizou os anúncios recentes do governo na área da segurança, como o concurso para contratação de 2 mil policiais militares. Segundo ele, o efetivo que será contratado e o que está em treinamento (2,5 mil PMs) servirão "apenas para substituir os brigadianos que deixaram a BM nos últimos anos".
— O eleitor gaúcho apostou no Tarso por ele ser o ministro do piso nacional do magistério, por ser o ministro do Pronasci, mas ele não paga o piso e o Pronasci virou o "Promorre" — completou Brum.
Embora não assumam publicamente, os deputados da bancada peemedebista querem lançar ao Piratini o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori. A escolha de Sartori converge com a ideia do partido de oxigenar o palanque. O deputado Giovani Feltes antecipou, em tom de desabafo, como deverá ser a campanha eleitoral:
— Vamos vender o Estado real, como ele é, em linguagem atraente. Precisamos parar com as engambelações dos marqueteiros. Tarso não tinha o direito de tirar as esperanças do Rio Grande — enfatizou.
A exemplo do PMDB, o PP e o PSDB apresentaram balanços críticos do governo Tarso Genro no ano passado. Como o PP deve lançar a senadora Ana Amélia Lemos como candidata ao Piratini e o PMDB terá candidato próprio, os líderes das siglas já conversam para fomar coligação em um eventual segundo turno. A assessoria de imprensa do governador afirmou que ele não irá se manifestar sobre as críticas do PMDB.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Entorno da Arena vê crescimento de lancherias e bares


Um fenômeno comercial chama atenção de quem circula pela Avenida Padre Leopoldo Brentano, a via inacabada em frente à Arena do Grêmio, no Bairro Humaitá. Em apenas três meses, novos bares e lancherias se juntaram aos já existentes, totalizando 21 - sem contar as lancherias e botequins abertos nas vias adjacentes. A avalanche de pontos de venda de bebidas, pastéis e churrasquinhos incrementou a renda de muitas famílias.
Pátios ganharam mesas e cadeiras
Em dias de jogos, a multidão toma conta dos espaços identificados por placas, nas cores azul e preto, oferecidas por uma marca de cerveja. A cada 15m, em média, há um estabelecimento onde se vende algo para comer ou beber.
A mudança repentina obrigou os moradores a fazerem pequenas adaptações nos terrenos. Pátios frontais ganharam cobertura, mesas e cadeiras para receber clientes.
Proprietárias do Churrasquinho Tricolor, Elisete do Nascimento, 45 anos, e a irmã Rosângela, 46 anos, vendem 350 espetinhos (de R$ 2,50 a R$ 3), em média, por jogo com grande público, além de pastéis e bebidas. O lucro chega a R$ 1,5 mil.
- Uma torcida de Novo Hamburgo e outra de Passo Fundo sempre ficam aqui em dias de jogos - revela Rosângela.
As irmãs, que protocolaram o pedido de alvará em novembro de 2012 na Smic, afirmam:
- Temos o provisório.
Os pontos
Arena Tricolor
Bar Litrão
Skol
Zé Lanches
Janete Lanches
Cia do Xis Dog
Devassa Bar da Moni
Padaria e Mercearia da Júlia
Lancheria da Dora
Bar do Zé
Xis Dog Mania
Sto. Expedito
Lancheria da Arena
Escalação Tricolor
Pastel da Arena
Latão Tricolor
Churrasquinho Tricolor
Bar 3 Irmãos
Point da Arena
Borrachos
Zuleika Bar
Remoção de famílias segue indefinida
Enquanto a prefeitura não define o destino das 16 famílias (oito na Voluntários da Pátria e oito na Padre Leopoldo Brentano), que serão removidas para conclusão da obra viária, moradores aproveitam para faturar em dias de jogos.
Proprietária de uma das 16 residências, Eleci Maria de Oliveira, 53 anos, abriu o bar Arena Tricolor e já faz planos para melhorar o ponto.
- No último jogo, vendemos mil latinhas de cerveja. Faturei R$ 1 mil limpo - afirmou a moradora, que pretende construir um banheiro na área externa da casa para atender a "pedidos da torcida".
Segundo a Secretaria de Gestão e Acompanhamento Estratégico e o Departamento Municipal de Habitação, o caso das famílias está em estudo.
Smic vai apertar o cerco
O secretário da Produção, Indústria e Comércio, Humberto Goulart, determinou a realização de uma ação fiscal na área, com base na legislação que rege o comércio localizado. Esse procedimento administrativo se inicia com a notificação do responsável pela irregularidade e terá prazo de 15 dias para regularização.
Depois, caso as solicitações não sejam atendidas, o estabelecimento será autuado, com prazo de 15 dias para se defender. Por fim, não ocorrendo a legalização, o local poderá ser interditadoEntorno da Arena vê crescimento de lancherias e bares Mateus Bruxel/Agencia RBS

Dezoito casas noturnas interditadas já reabriram


oto: Agnese Schifino/Divulgação PMPA
Força-tarefa pretende agilizar tramitação de processos relativos à segurança
Força-tarefa pretende agilizar tramitação de processos relativos à segurança
Um grupo de dezoito casas noturnas entre as inspecionadas pela força-tarefa da prefeitura, que vistoria as condições de segurança dos locais em relação a incêndios, retornou às atividades. Treze apresentaram alvarás de proteção e prevenção de incêndios para casa noturna do Corpo de Bombeiros: Cabaret (Cabaret Voltaire), Stuttgart, Casa do Lado (Casacolada), Chipp's, Chalaça, Labaredas Wiskeria, Clube dos Namorados, Be Happy, Dhomba, Looper (Pedigree Acústico), Preto Zé, Gruta Azul e Nova York 72. Dois estabelecimentos, o Espaço Cultural 512 e o Boteco Tipo Exportação, assinaram termo de compromisso para atuar conforme o alvará que já tinha. O Beco (Porão do Beco) foi interditado parcialmente para ajustes numa das portas. O Dublin apresentou alvará para bar e restaurante, e o Rambla está amparado por uma medida judicial e deve funcionar conforme o alvará para bar e restaurante.

A ação da força-tarefa, coordenada pelo secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio, Humberto Goulart, se divide em duas etapas. A primeira, de 29 de fevereiro a 2 de março, vistoriou sete casas e interditou cinco, sendo que duas parcialmente. A segunda fase, com a participação de várias secretarias e da Procuradoria-Geral do Município, teve início em 22 de março, depois do prazo de 15 dias dado pelo prefeito José Fortunati para que as casas noturnas apresentassem o alvará de prevenção e proteção contra incêndios do Corpo de Bombeiros. O grupo relacionou uma lista de 102 estabelecimentos que estão registrados em alguma secretaria da prefeitura. Desses, 94 foram vistoriados e 48 interditados cautelarmente.

Do total das 101 casas inspecionadas nas duas etapas, nove apresentaram todas as licenças e os alvarás exigidos pela legislação: Nega Frida, Barbazul, Dominó Night Club (Boate Dominó), Metrópole, Santa Mônica, Encontro´s Bar, Clubinho, Beco (Porão do Beco) e Opinião.       
 
Agilização de processos - Por determinação do prefeito, a força-tarefa tem um núcleo em caráter excepcional para agilizar a tramitação de processos relativos à segurança em relação a incêndios nas casas noturnas, conforme Decreto nº 18.235/2013, publicado no Diário Oficial do Município em 13 de março. O núcleo atende os estabelecimentos que foram interditados pela prefeitura, além de explicar o trâmite e os prazos a serem cumpridos pelos proprietários dos estabelecimentos, ou seus representantes legais, para a análise e vistoria dos laudos de proteção contra incêndio.

A força-tarefa é integrada pelas secretarias municipais da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Urbanismo (SMURB), Meio Ambiente (Smam), Obras e Viação (Smov), Governança Local (SMGL), Gestão (SMGES), Planejamento Estratégico e Orçamento (SMPEO), Saúde (SMS) e Procuradoria-Geral do Município (PGM) e acompanhada pelo Corpo de Bombeiros. O grupo de trabalho também está estudando ferramentas para dar mais transparência e agilidade aos processos de licenciamento e à fiscalização de estabelecimentos de entretenimento noturno e aperfeiçoar a troca de informações entre as secretarias.
 

Mobilização contra reajuste da passagem de ônibus termina sem confrontos na Capital


Anunciada por um evento com mais de 4 mil presenças confirmadas em uma rede social, a mobilização de estudantes contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre tomou conta da Praça Montevidéu no fim da tarde desta segunda-feira.

Ao contrário da semana passada, porém, transcorreu em relativa tranquilidade, sem confrontos entre policiais e manifestantes — apesar da dimensão aparentemente maior. Próxima manifestação está marcada para as 18h de quinta-feira, em frente à Prefeitura.

Veja mais:
>> Confira imagens da mobilização no centro de Porto Alegre
 
Desde as 15h, quando o prefeito José Fortunati se reuniu com representantes da União Estadual dos Estudantes (UEE) e da União Gaúcha dos Estudantes (Uges), a Guarda Municipal já guarnecia a porta principal da prefeitura. Por volta das 16h, a Brigada Militar começou a ocupar as ruas do entorno, com batalhão de choque e policiais à cavalo. 

A repercussão do tumulto ocorrido na manifestação anterior, na quarta-feira passada,quando pedras lançadas por manifestantes quebraram vidraças do prédio da prefeitura.
As primeiras faixas com palavras de ordem contra o valor de R$ 3,05 da passagem surgiram pouco antes das 18h, trazidas pelo estudante de Letras da UFRGS, Lucas Fogaça, que é militante da juventude do PSTU.

— Nós repudiamos a reunião realizada nesta segunda à tarde e não temos nenhuma expectativa de que seja cumprido o que foi prometido — disse Lucas.

Ele se referia às promessas do prefeito de promover um seminário aberto à população para esclarecer como é calculado o preço da passagem, além de permitir que estudantes façam parte da comissão para construir a nova licitação do transporte público.

Quando o relógio digital que fica em frente à prefeitura marcava 18h16min, apitos, cornetas, palmas e gritos de "Mãos ao alto, esse aumento é um assalto" marcaram o início da manifestação. Durante cerca de 20 minutos, os manifestantes ficaram na prefeitura, erguendo faixas, agitando bandeiras de partidos políticos como Psol e PSTU, e de movimentos estudantis. "Quem não pula quer aumento", gritavam. E pulavam.

Salvo algumas ovadas lançadas em direção aos jornalistas, entre eles o fotógrafo Ronaldo Bernardi, de ZH, a manifestação ocorreu sem tumulto até ali. Depois, a multidão seguiu em marcha pela Avenida Julio de Castilhos em direção à rodoviária, em destino não revelado previamente. 

A multidão ocupou o terminal localizado no Centro Popular de Compras, pichou ônibus e impediu que os veículos partissem do local. A mobilização teve fim por volta das 20h30min no Largo Zumbi dos Palmares.

Divergência estudantil

 
Fortunati e entidades estudantis se reuniram no Paço Municipal
Foto: Lauro Alves / Agência RBS

A razão principal do repúdio à reunião do prefeito com entidades não eram as promessas em si, mas o modo como foi conduzida. Uma representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teria sido impedida de entrar no encontro.

— Havia uma listagem, todas as representações estudantis foram convidadas a indicar nomes para participar — justifica o tesoureiro-geral da Uges, Pedro Igor Chaves.

Informações de bastidores, porém, dão conta de que as lideranças estudantis presentes seriam de partidos da base aliada do governo, diferentemente do movimento que articulava o protesto marcado para o fim da tarde.
ZERO HORA
    Mobilização contra reajuste da passagem de ônibus termina sem confrontos na Capital Ricardo Duarte/Agência RBS