domingo, 10 de junho de 2012

Homicídios caem 22% em regiões da Capital vigiadas por força-tarefa


Às vésperas de se completar um mês do início da força-tarefa da Brigada Militar para conter crimes e homicídios na Região Metropolitana, um balanço revela que a iniciativa foi bem sucedida na Capital. Foram deslocados 200 policiais do interior do Estado para a operação.

Dados preliminares fornecidos pela BM indicam que de 11 de maio a 8 de junho, comparado com o mês anterior, de 11 de abril a 10 de maio, nos locais de atuação da força-tarefa (zonas Norte e Leste), em Porto Alegre, os homicídios tiveram redução de 22%, caindo de 23 para 18.

O reforço policial na Grande Porto Alegre foi uma determinação da Secretaria Estadual da Segurança Pública depois da constatação de aumento de 19,6% dos homicídios no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2011.
— A ampliação do efetivo de policiais ajudou a reduzir o número de homicídios, sobretudo, em bairros como Rubem Berta, Mario Quintana, Sarandi, Agronomia, Lomba do Pinheiro e Intercap — explica o comandante do Centro de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Paulo Stocker
Assassinatos mudam de horário em Alvorada
As operações contra os homicídios em Alvorada, reforçadas com PMs do Interior, são responsáveis por um fenômeno. Os assassinatos têm mudado de horário na cidade. Antes concentrados nas madrugadas, passaram a ocorrer à tarde — em Alvorada, o índice de homicídios aumentou em 33%, de 6 para 8 homicídios.

Os PMs extras trabalham em sistema de revezamento. São 28 policiais a mais em um turno e 32, em outro. Além disso, o batalhão tem visitado áreas conflagradas na companhia da banda da BM e de cães da corporação para aproximá-la das comunidades. Outra estratégia para conter os homicídios é colocando na rua, nas sextas-feiras, o pessoal que trabalha no serviço burocrático.

PMs fazem rondas em locais com mais mortes em Viamão
Os pontos onde mais ocorrem assassinatos em Viamão se tornaram locais de visita constante dos PMs do 18º BPM do município. A definição dos lugares se deu depois de um levantamento feito pelos policiais. Apesar disso, o número de incidência de homicídios aumentou de quatro para cinco. 

— Nós fazemos rodízio nesses locais onde mais ocorrem homicídios, e está dando resultado — diz o comandante do batalhão, tenente-coronel José Luis Ribeiro Paz.

Gravataí manteve o mesmo número de homicídios (dois) após o emprego da Força Especial, sem aumentar a incidência.

PMs do Interior ficarão na Região Metropolitana mais um mês
A ideia inicial é que os policias do interior permaneçam na Região Metropolitana por 60 dias.
— No final deste período vamos avaliar em que medida os objetivos iniciais foram alcançados e a necessidade da continuidade do reforço de efetivo nestas áreas. É importante destacar que o trabalho que a BM vem realizando é de uma estratégia de preservação da ordem pública no Estado, e que estas áreas hoje selecionadas necessitavam de uma articulação imediata em prol de coibir a escalada da violência nos bairros selecionados — garante o coronel Sergio Roberto de Abreu, comandante-geral da BM.

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